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ATELIER

RUBENS ELIAS

ATELIER RUBENS ELIAS

O Atelier Rubens Elias nos apresenta versatilidade e fluidez no uso das cores para expressar sentimentos profundos. Em sintonia com o local, os trabalhos dialogam com o imaginário amazônico, suas cores, saberes e crenças. Tanto o material quanto o invisível são buscados nas pinceladas longas e firmes do artista.


Suas inspirações enquanto artista vêm das cores marcantes de Van Gogh, a força de Munch e o cotidianismo de Gauguin. Flávio Tavares, Arthur Bispo do Rosário, Miguel dos Santos, Tarsila do Amaral, Hélio Oiticica são importantes nomes a serem lembrados.
 

Seja bem vindo (a) ao universo multifacetado desse artista inovador.

COLEÇÃO CONEXÃO AMAZÔNIA-NORDESTE


A Amazônia é uma região importante pela sua biodiversidade não apenas para o Brasil, mas para o mundo. É um laboratório a céu aberto. É uma região que precisa ser estudada e compreendida. E sentida. Na região de Santarém, crucial espaço de produção e escoamento da borracha, foi um entreposto importante para a chegada de nordestinos vindos de diferentes estados da região para trabalhar nos seringais, "tentar a vida". Existe, inclusive, um município conhecido como lar desses nordestinos, Mojuí dos Campos. 
 

Esse projeto pretende sensibilizar o público a pensar a Amazônia sob novas perspectivas. Convida, também, a pensar como mudanças bruscas numa região, reverbera em outra, gerando transformações, adaptações e choques culturais.


A coleção convida, também, o público a repensar o modo de criar: pode-se criar a partir de tudo, basta imaginar. O uso de pigmentos naturais como forma de obter cores, combiná-las, justapô-las, pode criar novas linguagens, signos, gerando valores artísticos e culturais inovadores e surpreendentes.

 

O artista visual Rubens Elias apresenta no primeiro semestre de 2022 a coleção Conexão Amazônia-Nordeste: a linguagem intercultural através de pigmentos naturais da Amazônia”.

 

A proposta da coleção pretende apresentar ao público as relações históricas entre a Amazônia e o nordeste brasileiro, a saber, a migração dos nordestinos durante o ciclo da borracha para essa região brasileira. As dificuldades, as estratégias de adaptação, os choques culturais. A linguagem utilizada para pensar essa questão é o uso de pigmentos minerais obtidos nas encostas das praias santarenas, aliados às clássicas óleo e acrílico. A pesquisa com pigmentos naturais deu-se por conta da busca de uma linguagem crua, proximal da realidade amazônica; acresce-se a isso, a necessidade de pensar formas alternativas de inscrição na tela, de modo a impactar o mínimo possível o ambiente (toxicidade dos pigmentos industriais, etc). 
 

O projeto busca, enquanto linguagem artística, fugir de uma Amazônia idílica, paradisíaca, quase divinal. Pretende-se representar uma Amazônia que é palco de conflitos, disputas e interesses dispersos, porém atuantes, vividos intensamente por aqueles que viveram o auge da produção da borracha nessa região.

 

OBJETIVO
Apresentar uma Amazônia diversa e, ao mesmo tempo, palco de disputas e conflitos. Trazer ao público as ligações históricas entre o nordeste e a Amazônia a despeito do ciclo da borracha. O projeto busca sensibilizar o (a) observador (a) sobre a situação da Amazônia no panorama atual e como este cenário pode ser pensado através dos intensos fluxos - dentre eles, os migratórios - que animam e tensionam os processos sociais no momento atual.


TÉCNICAS EMPREGADAS

Além do uso do pigmento acrílico, logo industrial, o artista ousa ao manejar pigmentos minerais encontrados nas praias fluviais da região, como a argila denominada localmente como tabatinga. Ela possui dezenas de têmperas, que são empregadas para dar dramaticidade aos temas abordados e pintados. O pigmento mineral é selecionado, peneirado, imerso na água e em seguida adiciona-se um aglutinante. Os pigmentos orgânicos foram obtidos através de resinas, madeiras, flores, folhas encontradas na região do Pajuçara, em Santarém. O processo de obtenção do pigmento laca é químico e meticulosamente experimentado e testado em diversos suportes, para compreender a secagem, a fixação, a durabilidade e a transição da cor segundo o PH da água. Resultou num trabalho ousado, inovador e em sintonia com as necessidades sociais, ecológicas e artísticas do nosso tempo.
 

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