peixes
Os peixes são um capítulo à parte. Sem dúvidas, o mais famoso da Amazônia é o pirarucu, um peixe de escama que pode chegar a 2,5m de comprimento e 80kgs. Sua presença é farta no Mercadão 2000 e no Mercado do Peixe, dois centros de referência da comida tradicional em Santarém. Pode ser encontrado para venda fresco ou salgado, motivo pelo qual é também conhecido como “o bacalhau da Amazônia”, além da sua variedade de preparo. Pode ser servido frito, assado, ensopado e em recheios de tortas e bolinhos.
Além do pirarucu, outros peixes muito requisitados em toda a Amazônia são o tambaqui, o filhote (ou piraíba), a dourada e o tucunaré, considerados mais nobres, excelentes para serem consumidos assados ou em caldeiradas. Aqui no Baixo Amazonas, são também considerados nobres a pirapitinga e o bocó, que é o tambaqui ainda pequeno, geralmente criado em tanques.
Mas os que são tradicionais mesmo aqui na região são peixes menos nobres, cujas partes mais apreciadas são as mais exóticas, como a cabeça, a língua ou a bochecha. São eles o pacu, o matrinxã, o jaraqui, o curimatã, o aracu, o acari, o mapará, entre outros. São peixes menores que são mais comuns nos lagos e, por isso, mais fáceis de se pescar e mais acessíveis aos pescadores artesanais, que são aqueles que pescam para consumo próprio. Mas se dão aquela sorte de pegar um cardume ou quando é a “lua certa” de uma das espécies, aí é quando tem festa nas comunidades! Quando chega aquele monte de peixe que é distribuído pra todo mundo ou vendido por um preço baixo. Cada um desses peixes tem a sua forma própria de preparo e de consumo, cujas “técnicas” são verdadeiros saberes tradicionais e fazem a alegria dos moradores. Um exemplo bem local é a forma como o peixe é “ticado” para ir `a brasa: desde a cabeça até o rabo, são feitos pequenos cortes paralelos com uma peixeira bem afiada, como se fossem riscos, que servem para entranhar os temperos e também quebrar as espinhas, facilitando na hora de comer.
ONDE ENCONTRAR
Mercadão 2000 (Santarém)
Agora arreda a cadeira e bora dançar esse carimbó!
Dá play, maninha e maninho!
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mapeamento alimentar
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