Do mesmo processo de fabricação da farinha, vem também o tucupi, outro ingrediente de enorme representatividade da culinária tradicional de todo o estado do Pará. Ele é a base de muitos pratos regionais, especialmente o Tacacá.

Ele é um resíduo da produção da farinha, quando a mandioca passa por um processo de desintoxicação. O tucupi encontrado nas feiras e mercados, por exemplo, já passou por um processo de fermentação e adição de água para diminuir a toxidade, e ainda assim deve ser fervido para não causar qualquer problema.

O tucupi e outros ingredientes derivados da mandioca - como a maniva, o chibé e o tarubá – estão voltando a ganhar notoriedade, mas historicamente passaram por um grande período de desvalorização por serem ligados às culturas indígenas e ribeirinhas, e por isso classificados como “comida de pobre” ou “comida de índio”.
Atualmente, muitas comunidades tradicionais estão recuperando as tradições de produção desses ingredientes, em um movimento de resgate e de valorização de suas culturas e também como gerar renda através da produção dos derivados da mandioca, que é um alimento sagrado, responsável pela sobrevivência de milhões de pessoas.

Por exemplo, as mulheres da AMPRAVAT - Associação de Produtores Agroextrativistas e Indígenas do Tapajós - estão oferecendo produtos de alta qualidade como o tucupi preto, uma redução do ingrediente amazônico que recebeu o nome de MANIBÉ, além de outros produtos como vinho de mandioca, carimã, geleias e o molho de urupê, um tipo de cogumelo silvestre tradicionalmente consumido pelos indígenas tupinambá da Aldeia Suruacá.

 

​ONDE ENCONTRAR

AMPRAVAT - @ampravat.manibe

Feira do Terminal de Ônibus (Alter do Chão)

Mercadão 2000 (Santarém)

Minicenter Mingote (Alter do Chão)

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